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Desejo Quisera tanto estar contigo agora ouvir tua voz até raiar o dia, ficar vagando sem contar as horas tocar você, cobrir-te de alegria. Despir teu corpo sob o véu da noite beber você como se fora vinho, ungir de flores os umbrais do quarto fremir contigo em teus lençóis de linho. Untar de gozo a carne, a pele nua, rasgar de fúria as espáduas tuas. Unir tu´alma à minha apaixonada, gritar e ouvir: sou teu, e eu sou toda tua! Embriagado então, de tal felicidade com fios de sombras o tempo ocultaria, cerrava o sol, escurecia o mundo em teu cansaço, o meu adormecia. Eduardo de Alencar |
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