Agora é a hora... 
        Ah! se eu pudesse impregnar meu canto 
          Só de ternura, em rimas convertida, 
          Unia em sons à tua a minha vida, 
          De tua graça faria o meu encanto;  
       
      Ah! se a canção 
        lograsse tornar brando 
        Meu coração, rebelde e empedernido, 
        Qual barco, conturbado e sacudido, 
        Ao porto da alegria ia aportando.  | 
    Na comunhão 
        fraterna do poema 
        Tornava um só o universal desejo 
        E amar seria a força de meu lema. 
      Ah! puro som, harmonizada 
        aurora, 
        Horizonte de luz, só para o beijo, 
        Converte-te em alegria agora, agora... 
          
        Antonio Lázaro de Almeida Prado 
        Assis, 16 de setembro de 1990   |